sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

UMA FILOSOFIA DO UNIVERSO

Na Grécia, no tempo de Pitágoras, havia muitos sábios e filósofos. Foram os gregos que inventaram coisas importantes até hoje: a filosofia, a ciência, a democracia. Foram eles também que instituíram as Olimpíadas. Dentre os sábios gregos, podemos destacar Tales de Mileto e Anaximandro. Ninguém sabe ao certo o que eles pensavam ou como foi sua vida, porque a maior parte do que escreveram se perdeu. Além disso, naquela época não se escrevia sobre as pessoas como se faz hoje. Tudo o que se queria transmitir era contado de um para o outro. Sobre Tales de Mileto sabe-se que viveu no tempo de Pitágoras e que era um homem de enorme curiosidade, que queria descobrir várias coisas, principalmente de que material era constituído o nosso planeta. A sabedoria de Tales de Mileto era famosa. Conta-se, por exemplo, que previu – com sucesso! – um eclipse por volta de 585 a.C. Mesmo assim, em sua cidade ninguém acreditava em tal sabedoria, pois achavam que se fosse realmente sábio seria rico. Tales quis então provar que era realmente sábio. Com seus conhecimentos sobre o clima, previu que haveria uma grande colheita de azeitonas. Como ainda era inverno, todos duvidaram dele, achando que o clima demoraria a ficar bom para a colheita. Com o pouco dinheiro que possuía, Tales alugou por um preço baixo, vários depósitos para armazenar azeitonas... e provou que estava certo: o tempo melhorou e houve uma enorme safra de azeitonas. Na época da colheita, os agricultores precisaram guarda-las em algum lugar e só restavam os depósitos do sábio. Ele, então, os alugou por um bom preço, ganhando bastante dinheiro. Dessa forma, mostrou a todos que se quisesse, poderia ser rico, mas, não se interessava pela riqueza e sim pela sabedoria. Tales teve um aluno importante, Anaximandro (que viria a ser o professor de Pitágoras). Ele também fez estudos sobre o planeta e foi o primeiro a elaborar um mapa das estrelas e a perceber que os planetas estão mais próximos da Terra do que as estrelas. Essas ideias, na época, eram consideradas fantásticas, pois eles não tinham telescópios nem satélites: seus únicos recursos eram os olhos e a inteligência. Pitágoras afirmava que o Universo apresentava uma ordem, uma harmonia, uma beleza e uma inteligência divinas. Todos os planetas seriam de origem divina, teriam forma esférica e estariam em constante movimento, girando suspensos no ar. Essas ideias eram contrárias a do seu mestre Anaximandro, que achava que a Terra fosse cilíndrica, mas combinam perfeitamente com o que sabemos hoje. Ele dizia também que os movimentos contínuos dos planetas produziam uma “música celeste”. De acordo com ele, os planetas precisavam girar cada um em uma velocidade diferente: as esferas que girassem mais lentamente produziriam notas musicais baixas; as esferas que girassem mais rápidos produziriam notas musicais mais altas. Quando alguém lhe indagava porque não podemos ouvir essa música celestial, Pitágoras respondia que a ouvimos desde que nascemos, mas pensamos que ela é o silêncio. Para ele, a música feita pelas pessoas deve se inspirar nessa música celeste. Ele também foi músico e seu instrumento predileto era a lira. Para Pitágoras, os números mostram a harmonia e a beleza do cosmo divino. Por isso, ele pesquisou muito a matemática. E ele estava certo, pois, com a matemática, podemos saber muitas coisas do Universo; por exemplo: o tamanho da Terra; a que distância ela está do Sol, dos demais planetas e das estrelas; quantas vezes o Sol é maior do que a Terra. Podemos também saber que existem bilhões de estrelas na imensidão do Universo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário