sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A MULHER EM BUSCA DE DEUS

Em várias épocas da humanidade e em diversas culturas, a mulher foi desvalorizada. Mas é claro que ela pode cultivar a espiritualidade e aproximar-se de Deus tanto quanto o homem. Nos tempos de Jesus, houve diversas mulheres que o serviam. Vejamos algumas delas: MARIA, MÃE DE JESUS → Maria, ainda adolescente recebeu a visita do anjo Gabriel que a saudou com as palavras: “Alegra-te, agraciada!”, e lhes revelou que ela seria a mãe do Messias. Maria ainda não havia se casado com José, contudo, ele também foi informado por meios divinos que sua futura esposa geraria um filho, sendo ainda virgem. Todos esses acontecimentos estavam de acordo com as profecias judaicas encontradas no AT – Antigo Testamento. O anjo informou a Maria que sua prima Isabel, já avançada em idade, seria mãe. Maria correu para visita-la. O evangelho registra que ao ouvir a saudação de Maria, Isabel sentiu o filho estremecer de alegria em seu ventre. O filho de Isabel viria a ser João Batista. (Mateus 1.25; 2.13; - Lucas 1.1-56) MARIA, IRMÃ DE MARTA → Também era irmã de Lázaro, aquele que foi ressuscitado por Jesus Cristo. Sentiu muito a morte do irmão. Foi ela que, numa atitude de reverência, lavou e perfumou os pés de Jesus, enxugando-os com seus próprios cabelos. Alguns Teólogos dizem que essa Maria, irmã de Lázaro é a mesma Madalena. (Lucas 10.38-42; - João 11.1-28) MARIA MADALENA → Maria Madalena era da cidade de Magdala, se tornou seguidora de Jesus Cristo, sendo a primeira a vê-lo depois de ter sido ressuscitado. Muitos defendem de que ela era a mesma Maria que era irmã de Marta e de Lázaro. (Mateus 15.39; - Marcos 16.9) MARIA CLEOFAS → Alguns Teólogos e Historiadores afirmam que ela era irmã de Maria, a mãe de Jesus. Não há certeza quanto ao grau de parentesco dessas duas mulheres com o mesmo nome citado nos evangelhos. Para alguns, seria a irmã de Maria e era esposa de Cleofas, também chamado de Alfeu, que teve três filhos: José, Simão e Judas Tadeu. De qualquer forma, as duas acompanharam Jesus até o Calvário e testemunharam sua ressurreição. (Mateus 27.56; 28.9; - Marcos 6.3; 15.40; - Lucas 24.10; - João 19.25;) MARTA → Era irmã de Maria e de Lázaro. Há um episódio que evidencia Marta como uma mulher ativa e ocupada, enquanto que sua irmã Maria era mais contemplativa. (Lucas 10.38-42; - João 11.1-28) O MOVIMENTO FEMINISTA E O DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES O movimento feminista nasceu na Europa em 1791, durante a Revolução Francesa, com a Declaração dos Direitos das Mulheres e das Cidadãs. Seu objetivo era conquistar igualdade de condições sociais e políticas para as mulheres. Porém, o direito feminino ao voto só viria ser reconhecido em 1944, mais de 150 anos depois. Na Inglaterra, o movimento teve início em 1972, mas o direito das mulheres ao voto somente seria conquistado em 1918. Nos Estados Unidos, a luta também foi longa. Em 1848, um grupo de mulheres passou a exigi melhores condições nos estudos, no trabalho, no casamento e na política. Mas apenas em 1920, as mulheres passaram a votar. Ainda nos Estados Unidos ocorreu um fato trágico: no dia 08 de março de 1857, em Nova Iorque, houve a primeira greve só de mulheres, por melhores condições de trabalho. Os patrões não apenas não aceitaram os pedido, como mandaram por fogo no prédio, causando a morte de todas elas. Em sua homenagem, a Conferência Internacional da Mulher declarou, em 1910, o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. No Brasil, a luta da mulher iniciou-se no século XIX, pelo direito à instrução. Em 1917, trabalhadoras têxteis iniciaram uma greve por redução da jornada de trabalho e melhores salários. Em 1919, Bertha Lutz e Olga Paiva Meira representaram as brasileiras no Conselho Feminino Internacional do Trabalho. Em 1928, o Rio Grande do Norte admitiu o voto feminino, que em 1932 estendeu-se a todo território nacional. Os movimentos feministas se espalharam pelo mundo. Mas após tantas lutas, muitos reconhecem que a busca da mulher pela emancipação ainda não alcançou seus objetivos. Exemplo disso é a exploração comercial que se faz do corpo feminino. A MULHER SEGUNDO O CRISTIANISMO Para os cristãos, a valorização da mulher têm raízes no próprio Cristo, pois seu relacionamento com as mulheres era de igual para igual, e os princípios da moral cristã são de igualdade fundamental entre todos os seres humanos. Um exemplo é Maria Madalena que foi liberta por Jesus e foi a primeira testemunha do aparecimento de Jesus depois da morte. Deus não é a imagem do homem: Ele não é homem e nem mulher. Ele é espírito e não há nele lugar para as diferenças de sexo. Entretanto, em muitas épocas as próprias religiões cristãs contribuíram para que a mulher ficasse submetida ao poder masculino. Hoje, os cristãos compreendem melhor o papel da mulher, mas, na maioria das igrejas cristãs, as mulheres não podem exercer as mesmas funções que os homens, como sacerdotes. Alguns criticam o movimento feminista, considerando que ele caiu no exagero, a ponto de desvalorizar o papel de mãe. No mundo atual, para muitas mulheres ser mãe deixou de ter importância. Por isso, certas correntes cristãs acreditam num feminismo que lute pela igualdade dos direitos políticos, trabalhistas e sociais, mas que valorize também a maternidade. O exemplo de Maria é fundamental, pois ela representa a ternura e o amor de mãe em sua maior elevação.

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