quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

NÃO JULGUE PARA NÃO SER JULGADO

Jesus recomendou a generosidade sem limites. Embora ele se refira às recompensas da generosidade, não significa que devemos praticá-la pensando em qualquer retribuição das pessoas ou de Deus, porque senão o ato deixa de ser generoso. Sede generosos como vosso Pai é generoso. Não vos arvoreis em juízes, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; absolvei, e sereis absolvidos, dai e ser-vos-á dado. É uma boa medida, socada, sacudida, transbordante, que derramarão nas dobras da vossa veste, pois a medida de que vos servis servirá também de medida para vós. (Lucas 6.36-38. Tradução Ecumênica da Bíblia. São Paulo: Edições Loyola/Paulinas, 1996.) A DOÇURA Você também pode chamar a doçura de amabilidade, mansidão – dá quase na mesma. Essa é uma virtude que faz parte do amor ao próximo. É tratar o outro com carinho e gentileza, é deixar as palavras duras e agressivas de lado. A doçura, porém, não pode ser uma forma de falsidade, porque é muito fácil imitá-la. A imitação da doçura pode disfarçar uma agressividade muito pior do que a agressividade assumida. Ser doce e verdadeiro, ser sinceramente amável: eis a questão. BEBENDO NA FONTE JUDAICO-CRISTÃ No AT → Antigo Testamento já se recomendava a doçura como uma virtude: As palavras amáveis são um favo de mel, doce ao paladar, salutar para o corpo. (Provérbios 16.24. Tradução Ecumênica da Bíblia. São Paulo: Edições Loyola/Paulinas, 1996.) Palavras amáveis multiplicam os amigos, uma língua afável multiplica as palavras corteses. (Sirácida (Eclesiástico) 6.5 – Tradução Ecumênica da Bíblia. São Paulo: Edições Loyola/Paulinas, 1996.) UMA HISTÓRIA SOBRE HONESTIDADE Conta-se que, por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo disso, ele resolveu fazer uma “disputa” entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, sabia que sua filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula: - Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire essa ideia insensata da cabeça; eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu: - Não querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca; eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, e isso já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, as mais belas joias e as mais determinadas intensões. Então, inicialmente, o princípe anunciou o desafio: - Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. (...) O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura da sua semente, pois sabia que, se a beleza da flor surgisse na mesma extensão do seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela dio que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu por que ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu: - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis. (Extraído de: “Quem seria a escolhida?”. Possibilidades – Percepções e estratégias para suas inteligências. http://www.possibilidades.com.br)

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