sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A PRESENÇA BUDISTA NO BRASIL

Segundo os especialistas, o budismo nasceu no século V a.C., na Índia, parte oriental do mundo, mas somente no século XX ele foi trazido ao Ocidente. Ele chegou ao Brasil com os primeiros imigrantes japoneses. No início, a versão dele chamada zen-budismo, praticada no Japão, era a mais seguida aqui; hoje a linha tibetana do Dalai Lama está crescendo. Há vários templos e cursos de meditação em nosso país e é aqui também que está localizado o maior templo budista da América Latina: o Zu Lai, construído em 2003 na cidade de Cotia, em São Paulo. Os budistas percorrem o mundo em busca de pessoas que, segundo acreditam, são reencarnações de seus mestres do passado. Há alguns anos, eles identificaram no Brasil um dos mestres budistas reencarnados: o garoto Michel Lenz Cesar Calmanovitz, que tinha 13 anos de idade e morava na cidade de São Paulo, e foi reconhecido pelo monge Gangchen Rimpoche, durante uma viagem ao Brasil, em 1994. Segundo Gangchen, o menino é a reencarnação de um importante mestre tibetano: o Lama Lobsang Choepel (Drubtchok Gualwa Samdrup), monge que viveu no século XV e foi um grande mestre e autor de estudos sobre astrologia e cura. Michel seguiu ainda menino para a Índia. Seu pai, que era da religião judaica, e sua mãe, presbiteriana (uma denominação cristã, evangélica), converteram-se ao budismo e apoiam a missão do filho. Hoje, o brasileiro que se tornou o Lama Michel Rinpoche tem uma vida muito diferente da que tinha no Brasil. Sua rotina é cheia de orações, aulas de tibetano e estudos da religião budista. Ele estudou na Universidade Monástica de Sera Me, na Índia, onde morou alguns anos. Hoje, reside na Itália e trabalha na Fundação pela Paz Mundial Lama Gangchen. Michel não é o primeiro brasileiro a receber o título de Lama. Em 1983, já adulto, Antonio Carlos da Costa e Silva também se tornou um Lama. OS DIREITOS DO HOMEM NO AMANHECER DO SÉCULO XXI Muito frequentemente, quando as pessoas ouvem falar de amor e de compaixão, têm o sentimento de que isso se relaciona com práticas religiosas. Mas, não é necessariamente o caso. Em vez disso, é muito importante reconhecermos que a compaixão e o amor são fundamentais nas relações entre os seres sensíveis em geral e os seres humanos em particular. No início da nossa vida e de novo quando envelhecemos, apreciamos a ajuda e a afeição dos outros. Infelizmente, entre esses dois períodos de nossa vida, quando somos fortes e capazes de cuidar de nós, negligenciamos o valor da afeição e da compaixão. Como a nossa própria vida começa e acaba com a necessidade da afeição, não seria melhor praticarmos a compaixão e o amor pelos outros enquanto somos fortes e capazes? Apenas ganhamos amigos genuínos quando exprimimos respeito pelos outros e preocupação pelos seus direitos. Isto é o que experimentamos claramente na nossa vida cotidiana. Não é necessário ler complicados tratados filosóficos nesse sentido. Na nossa vida de todos os dias, estas coisas são uma realidade. Por conseguinte, a prática da compaixão, a prática da sinceridade e do amor são fontes essenciais para a nossa própria felicidade e satisfação. Assim que desenvolvermos semelhante atitude altruísta, desenvolvemos automaticamente a preocupação pelo sofrimento dos demais e simultaneamente desenvolvemos a determinação de fazer algo para proteger os direitos dos outros e para nos interessarmos pela sua sorte. (Extraído do texto: “Discurso do Dalai Lama sobre direitos humanos”, Centro para Cura das Atitudes. http://www.cca.org.br)

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