sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A MULHER NO ISLAMISMO

Uma das maiores críticas ao islamismo por parte de não muçulmanos refere-se a situação da mulher. Um dos costumes da sociedade árabe era a poligamia: prática segundo a qual um homem poderia se casar e manter como esposas várias mulheres simultaneamente. Até os 25 anos, Maomé não teve mulheres. Casou-se e viveu com sua bem-amada Khadija até os 50 anos, fiel apenas a ela. Após a morte de Khadija, casou-se com diversas mulheres. Seus seguidores justificam sua atitude dizendo que ele o fez porque, como estavam em guerra com povos vizinhos e muitas mulheres ficaram viúvas, ele se casou com elas para protegê-las. Apenas uma dessas mulheres era solteira, Aisha, que foi considerada a que Maomé amou. Depois de terminada a guerra, ele não desposou mais ninguém. Entretanto, com isso, a prática da poligamia ainda hoje é aceita entre os muçulmanos. Em diversos trechos do Alcorão, diz-se que o homem deve tratar bem suas mulheres, ser doce e afetivo com elas. Por outro lado, o islamismo prega a submissão total da mulher ao homem e a necessidade de a mulher andar coberta dos pés à cabeça. Em alguns países muçulmanos atuais, mais rígidos – como o Irã e o Afeganistão, que até pouco tempo atrás vivia sob o regime do Talibã, grupo radical islâmico -, a mulher deve cobrir o rosto inteiro e não pode trabalhar fora. ALCORÃO → LIVRO SAGRADO DO ISLAMISMO O Alcorão tem uma enorme importância em todo o mundo, pois é considerado por todos como a palavra textual de Deus e representa, para muitos países, a Constituição e a lei civil, penal e moral. Muitos o consideram uma obra prima da literatura árabe. Foi o terceiro sucessor de Maomé, o general Umar, que reuniu os ensinamentos deixados pelo profeta e mandou organizar o livro que chegou até nós. O Alcorão é dividido em 114 suratas ou suras (capítulos), subdivididas em versículos, num total de 6 236. Ele não foi escrito pelo profeta: foi revelado a ele trecho por trecho. Vamos conhecer algumas passagens do Alcorão: A boa ação e a má ação não são iguais. Repele o mal da melhor maneira, e verás que aquele que era teu inimigo agir como se fosse teu amigo leal. (41,34) Os que descreem e desviam os outros do caminho de Deus, Deus reduz-lhe as ações a nada. E os que creem e praticam o bem e acreditam no que foi revelado a Muhammad – e aí está a verdade enviada pelo Senhor -, Ele lhes perdoará os pecados e melhorar-lhes-á as condições. (47,1-2) São realmente crentes os que creem em Deus e em Seu Mensageiro, que não duvidam e que lutam, com sua vida e suas posses, pela causa de Deus. (49,15) Deus é testemunha de tudo. Não reparastes que Deus sabe o que está nos céus e na terra? Não há colóquio secreto entre três, sem que ele seja o quarto. (...) Deus toma conhecimento de tudo. (58,6-7) Assim quando a trombeta soar uma só vez, e a terra e as montanhas forem erguidas e, depois, esmagadas de um só golpe, naquele dia será a ressurreição. (69,13-15) O dia do Julgamento será um dia predeterminado. Quando a trombeta soar, todos acorrereis em grupos. E as portas dos céus se abrirão, E as montanhas andarão feitas miragens. (78,17-20) (O Alcorão, Trad. Mansour Challita. Rio de Janeiro: Associação Cultural Internacional Gibran. S.d.)

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