PAULO E PEDRO EM ROMA

Saulo passou a ensinar o evangelho em toda a parte. Ia a pé, de cidade em cidade, por todo o Império Romano, fazendo amigos, conquistando pessoas para os ensinamentos de Jesus, construindo igrejas... enquanto os outros discípulos aceitavam o sustento das comunidades que os hospedavam, Saulo trabalhava por conta própria, sem depender de ninguém. De perseguidor, Saulo tornou-se perseguido, pois em todos os lugares encontrava quem não aceitava as ideais de Jesus. Acabava sendo preso, apedrejado, chicoteado, expulso das cidades... Com sua personalidade forte, vibrante e apaixonada, nunca se deixava abater e prosseguia em sua missão. Um dia, na cidade de Corinto, na Grécia, um romano poderoso chamado Sérgio Paulo mandou chamar Saulo, pois estava doente e queria ser curado. Saulo o visitou e conseguiu sua cura. Mas não foi só isso: Sérgio Paulo converteu-se ao cristianismo e ajudou Paulo a fundar a primeira igreja em Corinto. A partir de então, talvez em homenagem ao novo amigo, Saulo passou a assinar Paulo. Após visitar várias e fundar igrejas, Paulo começou a ser muito requisitado para aconselhar as comunidades em assuntos de fé e comportamento dos primeiros cristãos. Foi então que teve a ideia de escrever suas epístolas, isto é, cartas. As epístolas de Paulo e de outros apóstolos estão no NT – Novo Testamento e continuam a orientar a fé e a vida dos que creem em Jesus. Depois de todo esse trabalho missionário, entre lutas e perseguições, Paulo foi a Roma, a capital do império, para lá também levar a palavra do evangelho. Ao lado de Pedro, pregava as ideias de Jesus. Nessa mesma época, os cristãos começaram a ser perseguidos pelos romanos. Nero, um dos imperadores mais terríveis que Roma teve, havia incendiado Roma, matando milhares de pessoas, simplesmente porque queria reconstruí-la a seu modo. Mas depois, vendo que o povo ficara muito revoltado, pôs a culpa nos cristãos e começou a manda-los para a arena, onde morriam devorados por leões. Já idoso, Paulo foi preso em Roma e soldados romanos o levaram para um lugar deserto, onde foi decapitado. Paulo enfrentou a morte com a coragem que sempre tivera. Pedro também morreu em Roma. Quiseram crucifica-lo como haviam feito com Jesus. Mas conta a tradição que o velho apóstolo não se julgou digno de morrer como seu mestre. Pediu então que o crucificassem de cabeça para baixo. E assim, foi feito.