sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

UM CAMINHO DE VIDA

UM SÁBIO DO POVO De tempos em tempos, surgem no mundo pessoas que criam belas e importantes religiões ou que vivem de modo tão especial sua religião que se tornam exemplos de amor e conhecimento. Elas nos ajudam a saber que todos nós podemos atingir a sabedoria e a verdade. Já conhecemos Pitágoras. Na mesma época – século VI a.C. -, viveram importantes sábios e personalidades da religião: os profetas Ezequiel e Daniel, em Israel; Sólon, também na Grécia, como Pitágoras; Buda, na Índia; Confúcio e Lao-Tsé, na China. No momento, vamos conhecer a história de Confúcio, considerado um dos maiores sábios que já existiram. Alguns dizem que ele é o pai de uma religião chamada confucionismo. Outros acham que se trata de uma filosofia. Mas, assim como Pitágoras, Confúcio entendia que as leis da natureza e do mundo são divinas. Era filósofo, mas tinha profunda religiosidade, pois achava que havia recebido uma “missão do céu” para ensinar as pessoas. OS ENSINAMENTOS DE CONFÚCIO O principal livro que conta várias passagens da vida de Confúcio e muitos de seus ensinamentos foram escrito por seus discípulos. É o Lun Yú, ou Analectos. Desse livro foi extraído o seguinte ensinamento: O poder pode ser alcançado pelo conhecimento mas não pode ser mantido pela bondade certamente acabará se perdendo. O poder que é alcançado pelo conhecimento e mantido pela bondade não será respeitado pelo povo se não for exercido com dignidade. (Confúcio. Anacletos, 15.33. São Paulo: Martins Fontes, 2000) Em outro de seus ensinamentos, Confúcio imaginava um mundo diferente deste em que vivemos, onde tudo fosse organizado com harmonia e as pessoas fossem respeitadas e felizes. Seus discípulos anotaram suas ideias. Quando a ordem perfeita prevalece, o mundo é como um lar do qual todos participam. Homens virtuosos e capazes são eleitos para cargos públicos e homens dignos ocupam empregos rendosos na sociedade. Paz e confiança entre todos os homens são os princípios básicos e indiscutíveis da vida. Todos os homens amam e respeitam seus próprios filhos, bem como os pais e os filhos dos outros. Há cuidado com os idosos, emprego para os adultos, alimento e educação para as crianças. Há meios de sustento para as viúvas e para os viúvos, para todos os que se encontram sós no mundo e para os incapacitados. Cada home e cada mulher terá um papel apropriado para interpretar na família e na sociedade. Um sentido de participação substitui os efeitos do egoísmo e do materialismo. Uma devoção aos deveres públicos não deixa lugar para a preguiça. Intrigas e conivência com lucros ilícitos são desconhecidas. Vilões como ladrões e assaltantes não existem. A porta de cada casa não necessita ser fechada e trancada durante o dia e a noite. Essas são as características de um mundo ideal, o Estado como bem público. (Confúcio. “A essência da mensagem do Estado como um bem público”, The Record o frites, Book IX. http://www.confucius.org) G L O S S Á R I O: CONIVÊNCIA → cumplicidade, colaboração; Ilícitos → ilegais; INTRIGAS → fofocas, traições.

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