sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A MORTE DE JESUS

As multidões seguiam Jesus pedindo-lhe curas e bênçãos. Mas alguns judeus começaram a se incomodar com os ensinamentos de Jesus, principalmente certos líderes do Sinédrio – O Tribunal que julgava os judeus. Para eles, Jesus dizia e fazia coisas contrárias às Leis de Moisés. Por exemplo: segundo a lei judaica, as mulheres consideradas infiéis ao marido deveriam morrer apedrejadas; entretanto, Jesus as perdoava e dizia: “Vai e não peques mais!” Jesus também curava pessoas aos sábados; porém, aos sábados os judeus não trabalhavam, em respeito ao quarto mandamento. Para os judeus, Jesus desrespeitava as leis. O que mais desagradava às autoridades religiosas era o fato de Jesus ser chamado “Filho de Deus”. Isso dava a entender que ele era o Messias esperado. Porém, as autoridades judaicas não concordavam: esperavam que o messias fosse poderoso e forte, capaz de libertá-los da dominação de outros povos. Incomodados com tudo isso, alguns sacerdotes planejaram sua morte. Numa festa de Páscoa, Jesus e seus discípulos foram a Jerusalém participar das celebrações. Quando chegaram à cidade, o povo recebeu Jesus com festas. Mas, depois de algumas horas, mudou de opinião. Os sacerdotes convenceram Judas, um dos discípulos de Jesus, a ajuda-los a prender o Mestre. Depois que Jesus fez a ceia da Páscoa com os amigos, Judas contou onde o Mestre estaria no Jardim das Oliveiras. Lá apareceram eles, acompanhados de soldados, e o prenderam. Jesus foi julgado e levado a Pôncio Pilatos, governador romano que dava a última palavra nos julgamentos. Pilatos não queria se intrometer naquele assunto, por isso deixou que o povo resolvesse. Era costume na época da Páscoa, soltar um preso escolhido pelo povo. Como havia outro prisioneiro judeu – Barrabás, um revolucionário a favor de pegar em armas contra os romanos -, o governador disse à multidão que soltaria um dos dois: Jesus ou Barrabás. O povo escolheu Barrabás. Pilatos, então, mandou matar Jesus. Os soldados romanos o chicotearam, puseram-lhe uma coroa de espinhos na cabeça e, por fim, o pregaram na cruz, entre dois ladrões, também crucificados. Seus discípulos fugiram amedrontados, abandonando-o. Apenas João, ao lado de Maria, mãe de Jesus, e de outras mulheres que o seguiam, permaneceram ao pé da cruz. Mas em meio ao sofrimento da cruz, Jesus ainda confortou um ladrão que, ao seu lado, pediu sua ajuda. Perdoou também a todos os que o haviam ferido e abandonado: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” – (Lucas 23.34) Suas últimas palavras foram: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” – (Lucas 23.46) Três dias após sua crucificação, Jesus apareceu – primeiro a Maria Madalena, depois a seus discípulos -, mostrando que tem poder sobre a morte e prometendo vida eterna. Haviam-se, então, cumprido as palavras de Isaías: “Ele era desprezado, deixado de lado pelos homens, homem de dores, familiarizado com o sofrimento, como aquele que diante do qual a gente esconde o rosto; sim, desprezado, não o estimávamos de modo algum. Na verdade, são os nossos sofrimentos que ele carregou, foram as nossas dores que ele suportou, e nós o considerávamos atingido, golpeado por Deus e humilhado (...) e nas suas chagas encontrava-se cura para nós.” (Isaías 53.3-4 – Tradução Ecumênica da Bíblia, São Paulo, Edições Loyola e Paulinas, 1996).

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