sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DE PRÍNCIPE A MENDIGO

Um príncipe que se fez mendigo e percorreu as estradas, pregando a com paixão. Essa é a origem de uma das religiões que mais tem adeptos no mundo: o budismo. Assim como o confucionismo, de Confúcio; e o taoísmo de Lao-sé, o budismo teve um fundador: Buda. Quando Buda nasceu, a Índia já era uma civilização milenar e a religião que os indianos praticavam era o hinduísmo, até hoje a principal religião daquele país é uma das mais antigas do mundo: seus livros sagrados, Os Vedas, datam de cinco mil anos. Para os budistas, os ensinamentos de Buda pode nos libertar da dor. Ao seguirem seu exemplo, porém, os budistas não consideram Buda um salvador ou um deus. Por isso, alguns até acham que o budismo é mais uma filosofia de vida do que uma religião. Para eles, cada ser humano deve percorrer pessoalmente o caminho indicado por Buda e esse caminho é possível para todos e não depende de nenhuma ajuda divina. Prepare-se para conhecer uma das maiores figuras da humanidade. Segundo a maior parte dos historiadores, os oitenta anos da vida de Buda se passaram ao longo do século V aC. O príncipe Siddartha Guatama, mais tarde chamado Buda, nasceu numa família rica. Seu pai, o rei Suddhodana, tinha grande prestígio. O menino cresceu cercado de proteção e de mimos. Casou-se e teve um único filho. Um dia, ao atravessar a cidade, Gautama ficou abalado com a miséria em que viviam as pessoas e com as doenças que as acometiam. Ponderou, então, que nem toda a sua riqueza o livraria da velhice, da doença e da morte. Por isso, decidiu ajudar as pessoas a refletir sobre essas questões e abandonou o conforto e a família para viver de forma simples, sem apego materiais e livre dos sofrimentos. Gautama comunicou ao pai sua decisão, mas o rei não concordou e ordenou aos guardas que cercassem o palácio. Porém, isso não o deteve: numa noite, pegou seu cavalo, enganou os guardas e fugiu. Foi viver no meio da floresta. Lá, encontrou monges brâmanes (da religião hindu) e, sob a orientação deles, tentou chegar à libertação dos sofrimentos. Mas, depois, deixou-os para tentar sozinho a iluminação e tornar-se um Buda, que significa “iluminado”. Certa vez, Gautama dormiu e sonhou que se tornaria naquele mesmo dia um Buda. Ao anoitecer, sentou-se embaixo da mesma árvore onde todos os outros que atingiram a iluminação se haviam sentado. Imóvel, meditou até atingir, sozinho, esse estado de iluminação: um despertar, uma consciência plena da verdade. Gautama havia, finalmente, se tornado um Buda.

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