sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O PATRONO DA ECOLOGIA

Hoje o mundo vem tomando consciência de que é preciso cuidar do meio ambiente, senão a sobrevivência da terra vai se tornar muito difícil. O que, entretanto, se opõe mais a essa intenção de cuidar mais da natureza e respeitar mais os ecossistemas? É justamente a sede de lucro. A vontade de ganhar muito dinheiro a qualquer custo, mesmo que seja destruindo a natureza ou prejudicando a humanidade, é a coisa mais comum hoje em dia. Por que se caçam baleias nos mares, ameaçando de extinção essa espécie? Por lucro. Por que se destrói uma floresta, arrancando as árvores para explorar a madeira? Porque replantar dá mais trabalho e mais gasto e o lucro vem mais devagar. Por que se polui um rio com produtos químicos que matam os peixes e envenenam o ser humano? Por que colocar filtros e canalizar o lixo químico é caro e o lucro diminui. Ou seja, destruição da natureza e a vontade desmedida de lucro andam sempre juntas. Francisco pode ser de muitas formas considerado o “pai da ecologia” no Ocidente. Primeiro: ele recomendava a pobreza... Isso significa que todos devemos dar tudo e virar miseráveis? Não necessariamente. Significa, por exemplo, não fazer nada que possa prejudicar o ser humano ou a natureza, apenas para ganhar dinheiro. Significa também, no mundo atual, ser menos consumista, pois tudo o que consumimos vira lixo e polui o planeta – e muito do que consumimos foi feito por meio da exploração do ser humano e da natureza. Significa, mais do que tudo isso, que devemos começar a exercer um controle sobre o que é produzido e comprar apenas o que foi feito sem prejudicar ninguém. Segundo: para ele, o respeito à natureza está ligado à ideia de que toda ela é criação divina, por isso deve ser respeitada, amada, conservada. Se acabarmos com ela, cometeremos o crime de matar o que Deus nos deu de presente em beleza, em alimento para o corpo e para a alma. Os frutos da natureza alimentam o corpo, a sua beleza sensibiliza a alma. Terceiro: renunciar ao excesso de bens materiais é natural para quem tem Deus no coração. A presença de Deus, seu amor e o amor ao próximo preenche de tal alegria o coração, que não é mais preciso comprar e comprar e desejar dinheiro e mais dinheiro para preenchermos nenhum vazio dentro de nós.

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