sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DEUS COM OUTRO NOME

O Islamismo é a segunda maior religião do mundo e seu número de adeptos vem aumentando a cada dia. O que muitas pessoas não sabem é que ela é uma religião muito próxima do cristianismo e do judaísmo. “Islã” quer dizer “submissão à palavra de Deus” e foi o profeta Maomé quem fundou o islamismo, que pretende convocar as pessoas a se submeterem à Lei de Deus. Antes de receber a revelação divina, em 610, o profeta (cujo nome em árabe é Muhammad, que significa “digno de louvor”) passou por longos períodos de retiro e meditação em cavernas e outros lugares solitários. Os grandes princípios islâmicos estão no livro sagrado Alcorão, revelado ao profeta trecho por trecho, ao longo de 23 anos. Para milhões de pessoas que seguem o islamismo, os princípios transmitidos pelo profeta Maomé representam o guia que conduz ao caminho certo. MAOMÉ, O PROFETA DE DEUS Maomé nasceu em Meca, entre 567 e 572, e pertencia à tribo Quraich (dos coraixitas), uma das mais importantes da Árabia. Ficou órfão muito cedo. Dedicou-se ao comércio, e sua honra e fidelidade lhe valeram o título de “o digno de confiança”. Com 25 anos, Maomé passou a cuidar dos negócios de uma viúva muito rica, bem mais velha do que ele, chamada Khadija, com quem viria a se casar. Khadija teve grande importância na vida do profeta, pois foi ela quem o incentivou em sua vocação religiosa. Desde os tempos antigos, a cidade de Meca era um centro religioso. A influência judaico-cristã presente na região não havia modificado o culto aos vários deuses; assim, o politeísmo predominava entre a população. Existia um vago conhecimento sobre um Deus superior – a quem chamavam Alá. Maomé iniciou sua missão profética no ano 610. Conta-se que durante uma de suas meditações na Gruta de Hira, o anjo Gabriel veio até ele segurando um livro e ordenou-lhe que pregasse em nome do Senhor, que criou o ser humano. Maomé deixou a caverna em direção a sua casa, mas novamente ouviu aquela voz celeste lhe dizer: “Ó Maomé! Tu és o Apóstolo de Alá e eu sou Gabriel.” Após outra visão, em 612, Maomé começou a pregar o poder e a misericórdia de Deus. Falava sobre a bondade extrema do Criador e ensinava que tudo pode desaparecer, menos o Senhor. Pedia aos homens que levassem a sério sua responsabilidade moral e cuidassem dos órfãos e dos pobres, caso contrário, Deus iria julgá-los segundo a sua justiça. O Deus que Maomé revelava era único e rigoroso em sua justiça. Esse Deus estava em desacordo com a crença politeísta dos árabes. Outro tema da pregação de Maomé é a ressurreição dos mortos e o Juízo Final. Segundo ele, haverá um dia terrível para os descrentes. Nesse dia, quem tiver seguido os ensinamentos do Senhor o encontrará e será julgado com brandura, mas aquele que tiver renegado seus ensinamentos atrairá destruição e arderá numa fogueira. Por trás do céu, surgirá o trono de Deus, sustentado por anjos e rodeados por tropas celestes. As pessoas serão reunidas diante do trono: as boas à direita, as más à esquerda. Começará então o Juízo. Os profetas serão convocados a prestar testemunho de que haviam proclamado o monoteísmo e advertido a humanidade. Os incrédulos serão condenados às torturas do inferno. No paraíso, alegrias esperam os fiéis: Maomé o descreve como um lugar de belos riachos, árvores carregadas de frutas, alimento em abundância, jovens que servem deliciosas bebidas em taças. O profeta falava ainda de Maria e de Jesus com grande veneração, mas negava que Cristo fosse Deus. Achava que nem o Judaísmo e nem o Cristianismo haviam conseguido manter a pureza original. Por isso, Deus enviou seu último mensageiro e o Islã está destinado a suceder o cristianismo, assim como este sucedeu o judaísmo. Entretanto, o Islamismo reconhece Jesus e os profetas judeus como fonte de ensinamentos e objetos de respeito e veneração.

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