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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
UM ENVIADO DE DEUS
A História do povo hebreu é contada na Bíblia. Por volta de 1600 anos aC, os hebreus estavam numa situação muito difícil: eles haviam ido para o Egito por causa da cerca que devastara a região onde viviam, mas acabaram sendo escravizados pelos Egípcios. Ao que parece, lá ficaram por pouco mais de quatrocentos anos.
O Egito era uma nação poderosa, governada pelo faraó, uma espécie de rei que o povo considerava divino. No princípio, quando os hebreus chegaram ao Egito, foram bem tratados, mas, tempos depois, houve um faraó que começou a cometer injustiças e violências contra eles.
Foi nessa época que o Senhor Deus dos hebreus escolheu um deles para mostrar a sua força aos poderosos egípcios. O nome do escolhido era Moisés.
A história de Moisés é muito interessante. Ele nasceu de pais hebreus, mas foi criado pela filha do Faraó. Para conter o crescimento da população hebreia, o faraó havia mandado matar todos os meninos hebreus e só deixar viver as meninas. A mãe de Moisés, então, o pôs dentro de um cestinho, sobre as águas do Nilo, e deixou a irmã do menino observando de longe o que iria acontecer com ele.
O que se seguiu foi que a filha do faraó encontrou o pequeno e salvou, adotando-o como filho e fazendo com que fosse criado com todo o conforto. Assim, o nome “Moisés” significa “eu o tirei das águas”.
Moisés foi criado com afeto pelos egípcios, mas, depois de crescido, começou a se aborrecer por ver seus irmãos hebreus sendo maltratados: eles eram obrigados a trabalhar duro e eram chicoteados se desobedecessem.
Um dia, Moisés viu um egípcio agredir um hebreu e, revoltado, o matou. Para escapar à vingança do faraó, fugiu do Egito e foi para as terras de Midiã. Lá, casou-se com Zípora, uma pastora de ovelhas e com ela teve dois filhos.
Depois de anos, houve um dia em que Moisés recebeu um chamado. Foi o próprio Deus que lhe apareceu – embora Moisés tenha fechado os olhos por temor de olhar – e disse que sabia dos sofrimentos do povo judeu no Egito. Mandou Moisés voltar e libertar seus irmãos escravizados. Para isso lhe daria o poder de guiar os hebreus através do deserto até chegarem a uma terra onde haveria “leite e mel” – uma forma de dizer que essa era a terra prometida, a terra de Israel.
Moisés, com a ajuda de seu irmão Aarão, fez o que lhe fora ordenado por Deus. Os dois pediram ao faraó que deixasse seu povo partir, mas ele ignorou o pedido. A partir de então, muitas desgraças começaram a acontecer ao povo egípcio: a água do Rio Nilo virou sangue; mosquitos, gafanhotos e rãs, invadiram as terras, as casas, os templos e os palácios egípcios; houve chuvas de pedra e pestes acometeram os animais.
Toda vez que uma desgraça acontecia, o Faraó dizia a Moisés e a Aarão que, se pedissem a Deus que tivessem piedade, ele deixaria os hebreus partirem. Deus atendia o pedido, mas o faraó não cumpria a promessa.
Só depois de muitas desgraças o faraó consentiu que partissem, mas, assim que o povo começou a ir embora, arrependeu-se e quis impedir. Então Moisés e Aarão resolveram que todos deveriam fugir. E assim fizeram.
Os egípcios perseguiram os hebreus até chegarem ao mar. Mas Deus, por intermédio de Moisés, abriu o mar em dois, deixando o povo passar. Quando os egípcios iam atravessar, o mar novamente se fechou e eles não puderam alcançar os hebreus.
Moisés conduziu seu povo através do deserto, sempre lhe prometendo a terra de que Deus falara. No caminho, quando pararam no deserto do Sinai, diante de uma montanha, Deus novamente se revelou a Moisés e lhe deu os dez mandamentos, as leis que passaram a dirigir o povo judeu. Muitas delas até hoje orientam nossa vida.
Quando finalmente avistaram a terra prometida, onde os hebreus iriam viver, Moisés, já muito velhinho, morreu. Havia conduzido seu povo até ali, mas não conseguiu entrar nas novas terras que iam conquistar.
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