sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A VISÃO CIENTÍFICA A RESPEITO DE DEUS

Algumas pessoas acham que ciência e religião nada tem a ver uma com a outra, mas não é verdade: muitos cientistas foram religiosos e a própria ciência nasceu de uma visão religiosa de mundo. E mais: muitos cientistas ficam tão maravilhados diante do Universo que aceitam a existência de Deus e até acabam por reverenciá-lo. Segundo Albert Einstein (1879-1955), físico alemão e um dos maiores cientistas de todos os tempos, o verdadeiro espírito científico não existe sem religiosidade. Para ele, uma espécie de “religiosidade cósmica”, que vê Deus no cosmos, isto é, no Universo, faz com que os cientistas sintam-se maravilhados diante das maravilhosas leis da natureza. Tais leis revelam uma inteligência tão superior a todo pensamento humano que os cientistas não podem compreender senão uma parte insignificante delas. Para Einstein, esse sentimento religioso nos cientistas é o mesmo que existe nos religiosos. Ele mesmo dizia que o inglês Isaac Newton (1642-1727) e o alemão Johannes Kepler (1571-1638), que fizeram descobertas fundamentais sobre as leis da natureza, viveram uma profunda religiosidade que fez com que quisessem descobrir nem que fosse uma pequena parcela da poderosa inteligência de Deus no Universo. Esses e outros cientistas não acreditam que seja impossível harmonizar religião e ciência; pelo contrário, elas podem ajudar uma à outra. Eles entendem que a religião fica mais enobrecida, mais valiosa e mais profunda graças ao conhecimento científico. E a ciência pode se tornar mais ética com a ajuda dos valores religiosos. DEUS É BRASILEIRO? Deus, é claro, não tem nacionalidade. O jornalista Gilberto Dimenstein discorda da ideia de que o Todo-Poderoso seja nacional, mas reconhece que, em certos aspectos, podemos considerar o Brasil um país abençoado. Observe o que Ele diz: Privilegiados com tantas riquezas naturais, crescemos ouvindo que Deus era brasileiro. Mas são tantas e tão profundas nossas mazelas e chagas, incompatíveis com o nível de desenvolvimento econômico, que dificilmente deveríamos considerar a brasilidade divina – somos, afinal, uma nação de desprotegidos. Quando assistimos ao tumulto Geraldo por Bin Laden, a ponta mais visível e doentia dessa mescla explosiva de radicalismo político e fanatismo religioso, vemos, porém, que, sob certo aspecto, o Brasil é abençoado. Somos vítimas cotidianas da estupidez da miséria, mas, por enquanto, estamos livres da estupidez dos conflitos regionais, religiosos e raciais, ingredientes que estão por trás do temor de que os ataques ao Afeganistão detonem nova onda de atentados terroristas e agucem crises internas em países árabes. Não temos conflitos de fronteiras com um único país. Sabendo quanto custa e quanta energia demandam conflitos desse gênero – basta ver os bilhões gastos por nações pobres como Índia ou Paquistão, por exemplo -, podemos dizer que, apesar de tudo, somos abençoados. (Gilberto Dimenstein. “Deus não é brasileiro, mas somos abençoados”. Extraído de: Folha online, 09/10/2001. http//www1.uol.com.br)

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