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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
UM NOVO MODO DE VIVER
Pitágoras foi o primeiro a utilizar a palavra filosofia. Mas ele também era matemático e – o que poucos sabem – fundou uma religião. É considerado um dos pensadores mais importantes da História e teve muitos alunos.
Ele nasceu por volta de 532 a.C., na ilha de Samos, na Grécia antiga. Seu pai, Mnesarcos, era um rico comerciante; sobre sua mãe, Pítia, pouco se sabe.
A cidade de Samos era poderosa: seu governante, Polícrates, tinha cem navios de guerra. Sob seu reinado, Samos participou de diversas guerras, principalmente contra os persas e os egípcios. Os navios eram usados para roubar os bens das cidades vizinhas. Com essas riquezas, Polícrates realizou belas obras na sua cidade.
Desde de jovem, Pitágoras teve um professor muito sábio, o grego Anaximandro. Pitágoras, porém, não se considerava um sábio, mas um filósofo. Ele foi o primeiro a ensinar essa novidade, chamada filosofia.
A palavra filosofia significa “amizade, ou amor, à sabedoria”. Até aquela época, quem conhecia muitas coisas, era considerado sábio ou esperto. Para Pitágoras, a verdadeira sabedoria é de Deus, e os seres humanos só podem ser amigos da sabedoria – nunca sábios de fato.
O ser humano não possui a sabedoria, que é de Deus, mas deve sempre busca-la para progredir. A filosofia faz isso, indagando sobre as principais questões da existência: Quem somos? De onde viemos? O que é a vida? O Que é a morte? O que é o ser? E tantas outras.
Pitágoras discordava das guerras e das ideias de Polícrates, por isso saiu da cidade e tronou-se um viajante. Em suas viagens, visitou o Egito, onde aprendeu muito sobre matemática e religião. Aprendeu também astronomia com os babilônicos – um dos povos habitantes da Mesopotâmia, região da Ásia localizada entre os rios Trigue e Eufrates -, que começaram a observar o céu quase dois mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, Pitágoras foi morar em Crotona, na Itália, onde se casou e teve dois filhos. Porém, teve de abandonar Crotona por motivos políticos: como ele e seus discípulos defendiam melhores condições de vida para o povo, os governantes que não gostavam disso, os expulsaram da cidade. Foi, então, para Metaponto, também na Itália, onde morreu aos 65 anos.
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