sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O INÍCIO DO CRISTIANISMO

Nas aulas anteriores (027 - O Homem que Mudou o Mundo, 028 – A Missão de Jesus e 029 – A Morte de Jesus), conhecemos Jesus segundo a visão do cristianismo. Mas nem todos os cristãos – e ainda menos os não-cristãos – têm a mesma ideia de Jesus. Ele é amado e seguido de muitas maneiras diferentes. Se para Católicos e Evangélicos, Jesus Cristo é o próprio Deus que encarnou e veio ao mundo para nos salvar, para outras correntes de pensamento o significado de sua vinda é outro. Durante os primeiros trezentos anos de Cristianismo, houve muitas discussões sobra a mensagem de Jesus. Alguns achavam que todos nós poderíamos, um dia, ser como Jesus e possuir suas virtudes, porque ele era um filho de Deus e tinha uma perfeição a que podíamos chegar. Outros (que viam Jesus como o próprio Deus) dizem que não: os seres humanos, pecadores, jamais alcançariam a perfeição, mas apenas seriam salvos pela graça divina (uma espécie de ajuda especial de Deus). Durante séculos, houve muita discussão em torno desses assuntos. Aos poucos, uma determinada visão de Jesus foi ganhando força acima das outras: a de que ele era o próprio Deus. Somente em 325, no Concílio de Niceia, as outras ideias foram banidas, isto é, excluídas. A partir daí, todas as diferentes maneiras de ver o cristianismo foram sendo proibidas, às vezes com bastante violência. OS JUDEUS E OS MUÇULMANOS Entre os que não aceitavam a ideia de que Jesus fosse Deus, estava o próprio povo a quem ele pertencera – os judeus. Para eles, Deus era único, todo poderoso e estava muito acima da possibilidade de encarnar um corpo humano. Assim, nos primeiros séculos do cristianismo, havia judeus-cristãos, que via Jesus como um grande profeta, o messia, o enviado, mas não como o Deus-criador. Com o fortalecimento do catolicismo, eles foram desaparecendo. Por volta do ano 600, entre os povos do Oriente Médio, havia ainda muitos povos e tribos que mantinham a ideia de um Jesus-profeta, apesar de a Igreja Católica já ter estabelecido que os cristãos deveriam aceitar a ideia de Jesus-Deus. Quando então apareceu Maomé (que veremos em aulas posteriores), profeta do Islamismo, esses povos consideraram confirmada sua visão de Jesus-homem. Assim, além de Maomé, os muçulmanos – nome que se dá aos seguidores do Islamismo – aceitam Moisés, Jesus e outras figuras do Antigo e Novo Testamento, mas Alá – tradução em árabe do nome Deus – está acima de todos. Além disso, para eles Jesus não morreu na cruz, mas elevou-se ao céu, levado por Deus. A EXISTÊNCIA REAL DE JESUS Os evangelhos falam claramente da existência de Jesus e são coerentes entre si. Mas, no século XX, surgiram pesquisadores com uma dúvida: Jesus existiu mesmo ou foi apenas uma personagem criada pelos evangelistas? Os que afirmam a existência histórica de Jesus argumentam que uma personagem inventada não teria exercido tanta influência ao longo do tempo. Além disso, o historiador judeu Flavio Josefo, que viveu naquela época e não era cristão, faz referência a Jesus em seu livro: A História dos Judeus. Outro indício da existência real de Cristo é que o que os evangelhos contam está de acordo com os relatos históricos da época – como era feita a crucificação, o nome das pessoas que estavam no poder, etc.

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