sábado, 10 de março de 2012

OS LIVROS APÓCRIFOS

A palavra “apócrifo” significa oculto, secreto, obscuro. No contexto das Escrituras veio a ser entendido como “não inspirado”. São escritos religiosos que não foram considerados canônicos pelos eruditos reunidos em Jâmnia, mas reverenciado e usados por outros grupos.

A literatura apócrifa era largamente lida na Palestina. Os escritores do Novo Testamento aparentemente conheciam todos os livros apócrifos e muitos dos pseudo-epígrafos. Eles eram populares entre as pessoas que falavam grego e latim.

São Jerônimo favoreceu o Cânon adotado pelos judeus da Palestina e fez distinção entre os livros contidos no mesmo e os Apócrifos. Entretanto, ele traduziu os livros apócrifos para o latim e incluiu-os no Cânon Hebraico.

No Concílio de Trento em 1546, a Igreja Católica Romana declarou oficialmente o status canônico dos livros Apócrifos e referiu-se a eles como “deuterocanônicos”.

Lutero negou a infalibilidade do Papa e certas doutrinas da Igreja Católica que se baseavam nos apócrifos. Argumentou que os livros apócrifos não estavam no Cânon Hebraico.

Todavia, em 1534, ele acrescentou os apócrifos no final da Bíblia Alemã, mas conferiu-lhes um status inferior. Outros grupos protestantes acompanharam a decisão do concílio judaico, a distinção feita por São Jerônimo e a posição de Martinho Lutero em rejeitar os livros apócrifos como canônicos.

Alguns desses livros têm grande valor histórico; outros são clássicos devocionais; uns são interessantes; outros, definitivamente, são invenções. Tanta coisa nessa literatura, é abertamente supersticiosa e fora de harmonia com o restante das Escrituras, não foi admitida como sendo inspirada.

Em sentido restrito, esses livros são: Tobias, Judite, Eclesiástico, Baruque, I Macabeus, II Macabeus, acréscimos no livro de Ester e acréscimos no livro de Daniel. Além desses, temos outros que estavam na LXX e Vulgata, mas que não figuram na versão Católica, a saber: I Esdras, II Esdras, Oração de Manasses e Epístola de Jeremias.


Próxima Semana: “A Transmissão Oral da Bíblia”

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Um forte abraço e até o nosso próximo tema.

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