Em Meca, na Arábia Saudita, no século VI, nasceu Maomé. O
menino ficou órfão de pai e mãe e foi criado por pessoas cruéis que o
maltratavam. Nunca foi levado à escola, foi analfabeto a vida inteira, mas era
um garoto muito inteligente.
Quando era adolescente, Maomé foi contratado, como ajudante,
por uma caravana de mercadores que viajava para a Síria e o Líbano. Passou
assim a uma vida nômade, indo e voltando constantemente, pelas trilhas do
deserto, de um país para outro.
Durante a noite os mercadores sentavam-se ao redor da
fogueira para conversar e rezar. Maomé pode assim conhecer melhor o Deus único
– Allah, em árabe -, também reverenciado pelos judeus e cristãos que ele
encontrava em suas viagens.
Com o passar dos anos, Maomé deixou a vida de viajante, mas
continuou pensando em tudo quanto havia aprendido durante o tempo de nômade.
Ele ficava horas procurando compreender os problemas e sofrimentos das pessoas.
Dedicava um mês por ano à meditação, ao jejum e à oração, no alto da colina
Hika, perto de Meca.
Após muitos anos refletindo e rezando, ele compreendeu que as
pessoas que adoravam ídolos estavam erradas e que somente Allah, o Deus único,
é criador de todas as coisas.
Maomé tinha 53 anos quando chegou a essa compreensão.
Imediatamente começou a pregar em Meca, convidando os peregrinos a abandonarem
os ídolos e deuses e a adorar somente a Allah.
Muitos seguiram-no e passaram a chamá-lo profeta. Mas nem
todos concordaram com ele. Alguns tentaram matá-lo. Ele então fugiu para a
cidade vizinha de Jatrib, que, com sua chegada, passou a chamar-se Medina, a
cidade do profeta.
A noite da fuga de Maomé é o marco inicial da tradição
religiosa islâmica. Chama-se Hégira, e aconteceu em 24 de setembro de 622.
Em Medina, o profeta continuou ensinando como adorar a Allah.
Seus discípulos escreveram o que ele dizia. Surgiu assim o Alcorão, o livro
sagrado dos muçulmanos.
O Alcorão é todo escrito em poemas, as suratas, que são uma
bela forma de expressão da cultura árabe.
Próxima Semana: “Amizade Com Deus”
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Ótimo
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