A maioria das tradições religiosas
entende o amor e o casamento como o dom mais sagrado do ser humano e como
possibilidade de participar do poder criador de Deus, por meio da geração de
filhos, e de encontrar a felicidade. Mas, na verdade, esse ideal das religiões
dificilmente foi alcançado na vida prática, porque milhares de fatores
culturais e sociais interferiram no relacionamento amoroso de homens e
mulheres, ao longo da história.
Poucos séculos atrás, os jovens não
tinham direito de se escolherem mutuamente, e alguns nem sequer podiam conhecer
ou namorar por algum tempo antes de se casarem. Às vezes, se isso acontecia, o
casamento tornava-se impossível, porque as famílias eram inimigas ou tinham
condições sociais diferentes ou, ainda, porque desde crianças estavam
prometidos a outra pessoa.
Muitos motivos levavam as famílias à
prática de promessas e contratos de união, a serem cumpridos pelos filhos.
Alguns contratos eram firmados pelos pais, quando os dois eram ainda crianças,
ou até na própria ocasião do nascimento. Alguns desses motivos eram:
·
Alianças
políticas entre famílias de reis ou de chefes tribais;
·
Alianças
étnicas, para manter a pureza da linhagem de uma família ou tribo;
·
Alianças
de parentesco para respeitar a hierarquia de direito das famílias;
·
Alianças
econômicas, para fortalecer empresas ou aumentar posses de terras;
·
Alianças
familiares para não dividir uma herança;
·
Alianças
religiosas, para manter a integridade da crença em uma determinada tradição.
Esses e outros motivos faziam dos
jovens como que peças de jogo, que eram colocados em posições estratégicas para
beneficiar interesses maiores do que a felicidade dos dois.
Muitas vezes as pessoas se casavam
sem ter escolhido uma à outra, e podiam até esforçar-se para viver bem, mas,
com freqüência, apaixonavam-se depois por outra pessoa e isso era causa de
muito sofrimento, de traições e até de crimes, na maioria das vezes.
Muitas vezes, o amor e o casamento,
em vez de levarem a felicidade, eram uma experiência de limite,
condicionamento, tristeza e frustração.
Próxima Semana: “A Opção Transformadora”
QUER ENTENDER MELHOR O TEMA:
Mande E-mail para: professorantoniomarcos@hotmail.com
Um forte abraço e até o nosso próximo tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário