sábado, 10 de março de 2012

A CANONIZAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

Vinte e sete livros foram escritos originalmente sobre a vida de Jesus Cristo. Desde essa época, já se escreveram milhares de livros para explicar o sentido dos 27.

Apesar de Jesus nunca ter escrito um livro sequer, sua vida se tornou a fonte de muitas bibliotecas. Os quatro primeiros livros do NT expõe a vida de Cristo, e os 23 restantes, apresentam as interpretações doutrinárias de sua vida, as implicações práticas para a vida e serviços diários e a esperança eterna que Cristo oferece e por fim a promessa de sua volta.

Depois da morte de Jesus, durante cem anos, os 27 livros do NT foram escritos e coligidos vagarosamente em um só volume. Esta coleção fixa de trabalhos tornou-se reconhecida como autorizada para fé e vida da igreja. O uso prático determinou quais livros seriam inclusos na coleção muito antes do seu reconhecimento oficial em 397.

As bases para selecionar os livros canônicos do Novo Testamento foram três: Origem Apostólica, Aceitação pelas Igrejas e Consistência Doutrinária.

Origem Apostólica: Jesus escolhera doze homens para estarem com Ele e serem seus intérpretes após sua ascensão. Seu testemunho deveria ser aceito pela igreja como possuindo a autoridade do próprio Jesus. Conseqüentemente seus escritos deveriam ter um lugar de honra dentro das igrejas.

Aceitação pelas Igrejas: Nas cartas de Paulo, os leitores são admoestados a certificarem-se de que seus escritos eram aceitos como genuínos ( II Tess. 2.2 e 3.17).

A Igreja receptora deve ser capaz de responsabilizar-se por qualquer obra, fazer cópias e distribuí-las a outras igrejas.

Consistência Doutrinária: Foi o terceiro elemento da determinação do Cânon final. Ela possibilitou a igreja a expor e repudiar as grandes heresias dos primeiros séculos e a preservar o Evangelho na sua pureza, utilizando-se do AT como padrão e os ensinos dos Apóstolos. Livros com erros óbvios, bem como não tão óbvios, foram desta forma, eliminados do Cânon.

A Fixação do Cânon do NT: A medida que a igreja crescia, na era apostólica, ela começou a colecionar certos escritos, que por fim se tornaram o NT, que foi considerado como sendo igualmente inspirado. A primeira coletânea de livros que pode ser propriamente referida como um esforço definitivo no sentido de um NT, foi compilada pelo Herege Marcião (c. 146), rejeitando completamente o AT e tudo o que era judaico.

Foi em reação a essas coletâneas, feitas pelos grandes líderes hereges do segundo século, que as igrejas começaram a unir-se para definir que livros eram realmente autorizados e quais deveriam ser rejeitados como espúrios. No final do IV Século, o Cânon foi fixado com os 27 livros que temos atualmente no nosso NT.


Próxima Semana: “Os Pseudo-Epígrafos”

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Um forte abraço e até o nosso próximo tema.

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